quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PMAQ realiza fiscalização na UBSF de Rio da Barra















Câncer: conheça 4 mitos sobre a doença

No dia mundial do câncer, celebrado nesta terça-feira (4), um alerta: profissionais de saúde ainda têm dificuldade de municiar a população com informações corretas sobre prevenção, sintomas e acesso aos tratamentos.
Isso porque ainda existem muitos mitos que rondam “aquela doença”, como o câncer era estigmatizado no passado. Anos depois e muitos preconceitos a menos, a informação a respeito da doença ainda é falha, atrapalhando diagnósticos, tratamentos e, consequentemente, levando muitos à uma morte que, em muitos casos, poderia ser evitada.
Os dados são alarmantes: a previsão é que em 2014 surjam 576 mil novos casos de câncer no Brasil. Destes cânceres, o de pele (tipo não melanoma) será o mais incidente, seguido por tumores de próstata, mama feminina, cólon e reto, pulmão, estômago e colo do útero.
Veja alguns mitos sobre o câncer:
1. Não é necessário falar do câncer:
MITO: Muitos ainda acreditam que não é necessário falar sobre o câncer porque ele pode surgir independentemente se é colocado em pauta ou não. Errado. Quanto mais informação se tem sobre a doença, melhor é. O oncologista José Segalla explica que manteve uma amizade com um frentista de um posto de gasolina durante muitos anos, e esse senhor foi diagnosticado com câncer de mama.
“O nódulo estava ali há tempos, mas ele não falou sobre isso comigo porque não sentia dor e nem incômodo. Hoje eu tenho um certo peso na consciência porque convivi com ele e não passei a informação de que homem também pode ter câncer de mama”, conta. “Se ele tivesse essa informação, ele poderia ter tratado o câncer ainda no início”.
2. Não existem sinais nem sintomas de câncer
MITO: A detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Para muitos tipos de câncer, há, sim, sintomas que levam a uma desconfiança de que há algo errado. Para isso, é importante que a população esteja informada sobre qualquer mudança anormal. “Essa informação não precisa necessariamente ser passada por um médico superespecialista, mas deve estar em todos os meios públicos e sistema de saúde”, explica Segalla. “O homem acima de 10 anos que fuma, bebe, tem azia e faz tratamento para gastrite tem de ser informado de que o álcool e o fumo podem causar câncer de esôfago e de boca, por exemplo”.
O oncologista e vice-diretor clínico do Hospital do Câncer de Barretos, Sérgio Serrano, explica que os sintomas do câncer normalmente aparecem quando ele já está em um estágio mais avançado. “O colo do útero é um exemplo. Além disso, quando um nódulo de mama está em um estágio em que é possível apalpar, isso significa que ele já está mais avançado. A mamografia detecta quando as lesões ainda são iniciais, facilitando o tratamento”, explica. “No caso do câncer de laringe, a rouquidão é um sintoma importante a ser considerado, como foi o caso do ex-presidente Lula”.  MITO: “Muitos pensam que é um castigo, que é porque Deus quis, então não há nada que se possa fazer", afirma Maira Caleffi, mastologista e presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). Esse pensamento, obviamente, está equivocado. Há, sim, o que fazer tanto para prevenção como tratamento. Como prevenção, recomenda-se que os hábitos de vida sejam saudáveis, como uma boa alimentação, descanso, vida tranquila e prática de esportes.
Para o câncer de colo do útero, por exemplo, o governo vai oferecer vacinas contra o HPV, vírus responsável por causar o câncer. Já para a detecção precoce, o indicado são os exames periódicos. No caso das mamas, a mamografia deve começar a ser feita a partir dos 50 anos. “Se existe algum caso na família, é indicado que a mulher comece a fazer a mamografia aos 35 anos”, explica Serrano.
4. Não tenho direito de receber os cuidados de saúde para o câncer
MITO: O direito existe e é assegurado por lei. O problema está na aplicação dessa lei, o que leva muitos a requererem tratamentos e medicamentos por meio judicial - quando um laboratório não conseguiu/quis entregar o medicamento no prazo  ou uma cirurgia de prioridade não foi marcada pelo hospital. 
“O que eu faço nas minhas ações, no caso da cirurgia,  é pedir para o governo pagar a cirurgia fora do lugar que estava previsto, justamente para a pessoa não passar na frente na fila de alguém que está igualmente precisando muito”, explica Gabriel Faria Oliveira, defensor público da União. http://saude.ig.com.br/

Campanha nacional oferecerá vacinação gratuita contra HPV

O Ministério da Saúde divulgou, nesta quarta-feira (22), as estratégias para incorporação da vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de março deste ano,  a vacinaque previne contra o câncer de colo de útero passa a ser incorporada no calendário de vacinação de meninas de 11 a 13 anos. A Campanha Nacional de combate ao HPV começa no dia 10 de março. 
Em 2015, a vacina será ofertada também para meninas de 9 e 10 anos."Todos os estudos mostram que faixa etária de 9 a 13, ao se dar vacina, tem produção de anticorpos contra o HPV com maior intensidade. Com essa prevenção, mesmo antes de qualquer contato com risco de contaminação pelo vírus, as meninas já ficam protegidas", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Cada menina deve receber três doses da vacina para estar imunizada contra o HPV. Após a primeira dose, a segunda deverá ocorrer em dois meses e a terceira, em seis. Será feito um cadastro com nome, endereço e telefone das meninas imunizadas para que o Ministério da Saúde tenha controle de que todas as doses serão aplicadas. As 36 mil salas de vacinação em todo o País, além de escolas públicas e privadas, vão estar envolvidas nessa campanha.
A vacina deve ser aplicada com autorização dos pais ou responsáveis. Ela tem eficácia comprovada para mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. "Vacina contra o HPV é medida preventiva, não substituiu a realização de exames periódicos e o uso de preservativo nas relações", alerta a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues.
O Ministério da Saúde investiu R$ 465 milhões na compra de 15 milhões de doses da vacina para este ano, quantidade suficiente para que 5,2 milhões de pré-adolescentes sejam imunizadas. É a primeira vez que a população terá acesso gratuito, em nível nacional, à vacina contra o HPV.
Investimento
O Ministério da Saúde vai investir R$ 1,1 bilhão na compra de 36 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia para o laboratório brasileiro. A parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre o Butantan e a Merck possibilitou uma economia estimada de R$ 78 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará cerca de R$ 30 por dose, o menor preço já praticado no mercado – 15% abaixo do valor do Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
A produção da vacina do HPV faz parte de um conjunto de ações que o Ministério da Saúde tem estabelecido com o Butantan para ampliar a produção brasileira de insumos e medicamentos.  Atualmente, o Butantan está envolvido em oito PDPs firmadas pelo Ministério da Saúde com laboratórios privados para a produção de oito produtos de Saúde – vacinas contra Hepatite A e Influenza e medicamentos oncológicos.
Além desses medicamentos, o Butantan produz vacinas contra Hepatite B, contra Raiva, a Tríplice (Difteria, Tétano e Pertucis) e a Dupla (Difteria e Tétano), além de soros antiaraquinídico, antitetânico, antiescorpiônico, antibotulínico, antilonômico, antibotrópico.
Com a parceria para produção da vacina contra o HPV, o faturamento do laboratório público paulista triplicará em cinco anos, passando de R$ 348 milhões em 2013 para 1,1 bilhão em 2018.  E o país passará a produzir 16 biológicos, dentre os quais medicamentos para câncer de mama, leucemia e artrite reumatoide.
HPV e câncer
A vacina contra HPV que será distribuída no SUS é a quadrivalente, que previne contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, responsável atualmente por 95% dos casos de câncer no País. É o segundo tipo de tumor que mais atinge as mulheres, atrás apenas do câncer de mama.
A cada ano, 270 mil mulheres no mundo morrem por conta da doença. No Brasil, 5.160 mulheres morreram em 2011 em decorrência da doença. Para 2013, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 17.540 novos casos.
O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos. Do total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. No Brasil, a cada ano, 685, 4 mil pessoas são infectadas por algum tipo do vírus.
Número de doses da vacina por UF e Brasil para 2014 
Imagem: Ministério da Saúde
Fonte:

Ministério da Saúde recomenda consumo de alimentos frescos

O novo Guia Alimentar da População Brasileira (edição 2014) elaborado pelo Ministério da Saúde orienta os brasileiros sobre os cuidados com a saúde e como manter uma alimentação saudável e balanceada: a recomendação é pelo consumo de alimentos frescos, de procedência conhecida e utilizando como base da dieta alimentos in natura (de origem vegetal e animal), como carnes, verduras, legumes e frutas. O manual também recomenda que as pessoas optem por refeições caseiras e evitem a alimentação em redes de fast food (refeições prontas).
A população poderá contribuir com a elaboração do novo guia, que encontra-se em consulta pública até o dia 7 de maio, acessando o endereço eletrônico www.saude.gov.br/consultapublica. As contribuições serão avaliadas pelo Ministério da Saúde e poderão constar do documento final.
 “O guia é uma fonte segura para orientar os brasileiros para uma alimentação saudável, com base em evidências científicas e com recomendações debatidas com diferentes especialistas e setores da sociedade”, afirma o ministro da Saúde, Arthur Chioro. “A intenção é promover a saúde da população e contribuir para a prevenção de doenças como a obesidade, diabetes e outras doenças crônicas relacionadas à alimentação”, enfatiza.
O manual foi elaborado em linguagem acessível e destina-se tanto ao cidadão como a educadores e profissionais de saúde. O documento foi formulado com o apoio do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS).
CONSUMO – O novo guia orienta os brasileiros a desfrutarem a alimentação, e evitar à refeição assistir televisão, falar no celular, ficar em frente ao computador ou atividades profissionais, além de privilegiar o preparo da própria refeição sempre que possível. “Precisamos resgatar e valorizar a culinária, planejar as nossas refeições, trocar receitas com amigos e envolver a família na elaboração das refeições. Isso pode até implicar dedicação de mais tempo, mas o ganho em saúde e na convivência é significativo”, explica a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.
O QUE EVITAR - O guia também recomenda a utilizar com moderação óleos, gorduras, sal e açúcar. Produtos industrializados devem dar lugar aos alimentos in natura. Isso porque os produtos processados têm adição de sal ou açúcar para torná-los mais duráveis, palatáveis e atraentes. “Neste caso, o recomendado é sempre que possível evitar o consumo de produtos industrializados e fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos frescos e evitar aqueles que só vendem produtos prontos para consumo”, informa Patrícia Jaime.
OBESIDADE - Os maus hábitos à mesa têm refletido na saúde e no excesso de peso da população, que hoje já atinge 51%, sendo 17% obesos, segundo a dados do Vigitel, levantamento do Ministério da Saúde realizado anualmente com a população brasileira sobre os hábitos alimentares e de estilo de vida. Em 2006, o índice de excesso de peso e obesidade era de 43% e 11%, respectivamente. Crianças e adolescentes trilham o mesmo caminho, uma em cada três crianças e um em cada cinco adolescentes estão acima do peso.
Além disso, a obesidade é um forte fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Pessoas obesas têm mais chance de sofrer infarto, AVC, trombose, embolia e arteriosclerose, além de problemas ortopédicos, apneia do sono e alguns tipos de câncer.
Confira as orientações para uma alimentação saudável 
     * Fazer de alimentos a base da alimentação
     * Usar óleos, gorduras, sal e açúcar com moderação
     * Limitar o uso de produtos prontos para consumo
     * Comer com regularidade e com atenção e em ambientes apropriados
     * Comer em companhia
     * Fazer compras de alimentos em locais que ofertem variedades de alimentos frescos e evitar aqueles que só vendem produtos prontos para consumo
     * Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias
     * Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece
     * Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora e evitar redes de fast food
     * Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais
Conheça a diferença entre alimento e produto alimentício
Alimentos in natura: são essencialmente partes de plantas ou de animais. Ex: carnes, verduras, legumes e frutas.
Alimentos minimamente processados: quando submetidos a processos que não envolvam agregação de substâncias ao alimento original, como limpeza, moagem e pasteurização. Ex: arroz, feijão, lentilhas, cogumelos, frutas secas e sucos de frutas sem adição de açúcar ou outras substâncias; castanhas e nozes sem sal ou açúcar; farinhas de mandioca, de milho de tapioca ou de trigo e massas frescas.
Produtos processados: são fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar a alimentos para torná-los duráveis e mais palatáveis e atraentes. Ex: conservas em salmoura (cenoura, pepino, ervilhas, palmito); compotas de frutas; carnes salgadas e defumadas; sardinha e atum de latinha, queijos e pães.
Produtos ultraprocessados: são formulações industriais, em geral, com pouco ou nenhum alimento inteiro. Contém aditivos. Ex: salsichas, biscoitos, geleias, sorvetes, chocolates, molhos, misturas para bolo, “barras energéticas”, sopas, macarrão e temperos “instantâneos”, “chips”, refrigerantes, produtos congelados e prontos para aquecimento como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets.