quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

MITOS E VERDADES SOBRE O CÂNCER DE MAMA

A luta contra o câncer de mama mobiliza muitas pessoas em todo o mundo. Apesar de ele ser é mais comum entre o público feminino, e o acesso à informação é a principal arma para a prevenção. Mas será que se pode confiar em tudo o que lemos e ouvimos?
Para desmistificar mitos e reforçar as verdades em torno da doença, o médico Guilherme Novita Garcia, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia, esclarece tópicos que geralmente são muito questionados pela população. 
O câncer de mama é mais comum entre as pessoas obesas.
Depende. O peso elevado pode ter influência de acordo com o estado hormonal da mulher (antes ou depois da menopausa). Isso porque, após a menopausa, existe a possibilidade de o tecido gorduroso atuar em dois hormônios, ou seja, transformando o androstenidiona – produzido na glândula suprarrenal – em estrona. E, quanto maior o nível de estrona, maior o risco de câncer de mama. Por isso, de certa forma, a perda de peso apresenta um efeito protetor. “Antes da menopausa, no entanto, a obesidade não é prejudicial e pode, inclusive, diminuir os riscos”, explica Guilherme.
A prática de exercícios físicos diminui o risco de câncer de mama.
Controverso. Trata-se de uma variável pouco estudada em relação ao risco de desenvolver essa doença. Algumas pesquisas sugerem que a prática de exercícios de quatro a sete horas por semana pode reduzir em até 20% o aparecimento de neoplasia (proliferação anormal do tecido celular que pode ocasionar o câncer) nas mamas, independentemente do estado menopausal. Entretanto, outros estudos concluíram que a ocorrência do efeito protetor varia conforme o tipo e a frequência da atividade física e de acordo com o estado menopausal da mulher, podendo, em certos casos, não existir. “Em geral, o nível de evidências e conclusões desses estudos é frágil, e a prática de exercícios físicos – assim como os fatores relacionados ao controle de peso e a dietas alimentares – deve ser orientada mais para melhorar a qualidade de vida geral das mulheres”, ressalta o médico.
O consumo de vitamina D diminui o risco de câncer de mama.
Controverso. Pesquisas sugerem que o nível elevado dessa vitamina reduz as chances de um tumor de mama se desenvolver; porém, o seu real impacto na incidência é desconhecido devido à limitação dos estudos. “Aparentemente, existe a possibilidade de redução do risco, mas algumas questões influenciadoras, como a dosagem ideal, a idade, o estado menopausal e os tipos tumorais, ainda permanecem sem definição”, salienta.
Alimentos à base de soja ou suplementos com isoflavona (substância presente na soja) diminuem o risco de câncer de mama.
Mito. Altos níveis de isoflavanoides estão associados ao baixo risco para o desenvolvimento do câncer de mama; porém, o efeito ocorre apenas para quem teve uma alimentação à base de soja desde a primeira infância. Esse estudo foi feito em mulheres que vivem em regiões rurais do Japão, em que a alimentação inclui grande quantidade de soja. “Essas populações, no entanto, também têm outros comportamentos que podem influenciar no efeito protetor, tais como a gestação em idade precoce e a maior quantidade de filhos. Portanto, fica difícil concluir qual o real impacto desse nutriente na redução do câncer”, aponta.
O uso de desodorantes e outros cosméticos nas axilas aumenta o risco de câncer de mama.
Mito. Pesquisas consistentes concluíram que o uso de cosméticos não alteram a incidência de tumores mamários, mesmo com a grande concentração de glândulas na região das axilas.
O consumo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de câncer de mama.
Verdade. A principal hipótese da evidência é o efeito carcinogênico (que tende a produzir câncer) do álcool, mesmo com a presença de outras teorias que também sugerem interferência no metabolismo do estrogênio (hormônio feminino).
O uso de ácido acetilsalicílico e de outros anti-inflamatórios diminui o risco de câncer de mama.
Mito. Trata-se de um estudo ainda em desenvolvimento e que já relatou a diminuição da incidência em animais, mas não há até agora qualquer comprovação do benefício para seres humanos.
O consumo de chá verde diminui o risco de câncer de mama.
Mito. O chá verde é um antioxidante com efeitos benéficos na inibição da proliferação celular e está em estudo como protetor para alguns tipos de câncer, inclusive o de mama. Contudo, ainda não há comprovação científica.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o site da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Visite também o nosso especial Outubro Rosa.
Lá você encontra muitas informações sobre o câncer.

CÓLICA: ALIMENTOS QUE ALIVIAM A DOR



A maioria das mulheres já sentiu (ou sente) cólica menstrual (dismenorreia) em algum momento da vida. A causa desse desconforto, que pode evoluir para dores intensas, é a liberação de uma substância chamada prostaglandina, responsável por fazer o útero se contrair para eliminar o endométrio por meio do sangramento da menstruação – devido à não existência de gestação. 
 
A ginecologista e obstetra Erica Mantelli diz que, na maioria dos casos, não há motivos para se preocupar, mas é preciso ter atenção: “Se as dores costumam ser muito fortes e persistentes, acompanhadas de enjoos, diarreia, desmaios ou queda de pressão, é aconselhável procurar um especialista o quanto antes”. Assim, poderá ser indicado o melhor tratamento e saber se há alguma doença associada às cólicas, como a endometriose, os miomas, os cistos de ovários, a estenose cervical e os tumores pélvicos.
 
Como aliviar os sintomas
 
Mesmo depois de consultar o ginecologista e constatar que está tudo bem, muitas mulheres continuam sentindo alguns desconfortos. Nesses casos, atividades físicas regulares, massagensacupuntura e a tradicional bolsa de água quente sobre o ventre podem ajudar muito. Mas você sabia que também pode contar com grandes aliados da cozinha? 
 
A nutricionista Maria Angélica Grecco afirma que ter uma dieta balanceada durante todo o mês é indispensável, mas a sua alimentação pode ser incrementada dias antes da menstruação para diminuir as cólicas. “Estudos apontam que doses mais elevadas de cálcio, ômega 3, magnésio, zinco e vitaminas B6, C e E têm esse poder”, explica. Além disso, é aconselhável reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, de gordura saturada (encontrada em carnes gordas, frangos com pele e embutidos) e, principalmente, de substâncias que estimulam a contração dos vasos do endométrio, como a cafeína, presente no café, nos chás e nos refrigerantes de cola, por exemplo.
 
Veja a seguir alguns dos alimentos recomendados contra as cólicas:

ENTENDA A DOR DE CABEÇA INFANTIL



“A cefaleia, nome técnico da dor de cabeça, destaca-se como uma das queixas mais frequentes em consultórios de pediatras e neuropediatras”, afirma Paulo Liberalesso,  neuropediatra e membro do Departamento Científico de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), esse mal atinge cerca de cinco milhões de crianças e adolescentes em todo o Brasil. Destes, aproximadamente 409 mil sentem um desconforto mais intenso a cada dois dias.
 
Apesar de o problema ser comum no dia a dia de muitas crianças, acaba não recebendo a devida atenção por parte dos pais. E isso tem uma explicação: a dificuldade dos pequenos de, muitas vezes, verbalizar a sensação de dor e a falta de conhecimento dos adultos sobre os sintomas. Daí a importância de estar atento a alguns sinais!
 
Para ajudar as mães e os pais cujos filhos se queixam sempre de dor de cabeça, o Portal Vital foi em busca de mais explicações a respeito desse mal. Confira a seguir. 
 
Como perceber
 
Em primeiro lugar, os adultos precisam ter em mente que os sintomas aparecem cedo, geralmente a partir dos seis meses de idade, provocando desconfortos no bebê. Em algumas situações, os médicos podem dar o diagnóstico errôneo de dores abdominais e cólicas (http://www.portalvital.com/sua-casa/filhos/entenda-por-que-seu-bebe-esta-chorando), que normalmente desaparecem no terceiro mês de idade.
 
Então, como perceber se o seu filho tem dores de cabeça? Veja se ele sente desconforto com movimentos bruscos, se dá sinais de tontura ou fica enjoado em brinquedos de girar.
 
“É preciso verificar o fator da hereditariedade, sobretudo quanto às enxaquecas. Já no caso das crianças um pouco maiores, reflita se as reclamações de dores são frequentes, se ocorrem em períodos de jejum ou depois de noites maldormidas. Isso ajuda também a perceber se é uma eventual manha”, salienta Célia Roesler, neurologista e membro da SBCe.
 
Se você perceber que não é nada grave, pode ser que seu pequeno esteja fazendo denguinho. Por isso, leia esta matéria:Aprenda a lidar com manhas e birras dos seus filhos.
 
Não descarte a ajuda de profissionais. O oftalmologista e o otorrinolaringologista, por exemplo, podem confirmar ou afastar uma relação com problemas nos olhos ou inflamações respiratórias, como a sinusite. Já o pediatra saberá interpretar de que modo essas e outras possíveis causas devem ser tratadas, tendo em vista o conhecimento que ele tem do desenvolvimento da criança.
 
Os tipos de dores
 
No consultório, o pediatra poderá identificar quais tipos de dores de cabeça as crianças sentem. As primárias (causadas por alterações químicas no cérebro) costumam ser tensionais, de intensidade moderada e duração de horas até dias.
 
Por sua vez, as enxaquecas começam como um incômodo e aumentam gradativamente, piorando com o tempo. “Uma crise dura de 4 a 72 horas, em geral com sensação de pontada ou latejos. Na maioria das vezes, é de origem genética”, explica Célia.
 
Já as secundárias (provocadas por doenças associadas) podem ter diversas origens ou sintomas, como tumores, problemas de visão e na coluna, entre outras razões.
 
Vale lembrar que as meninas estão expostas a um fator adicional: os hormônios. Na puberdade, eles podem estimular o surgimento de dores de cabeça mais frequentes, não necessariamente ligadas a uma doença.
 
Casos graves
 
Paulo Liberalesso ressalta que existem alguns sintomas que, ligados às cefaleias, indicam um problema de maior gravidade. “O surgimento súbito de uma dor de cabeça muito forte em uma criança que nunca teve a queixa, por exemplo, é um alerta”, diz o especialista.
 
Outros motivos são as crises convulsivas, os desmaios, a perda de força muscular, as alterações ao caminhar e a diplopia (visão dupla). Em situações como essas, que tenham alguma associação com as dores de cabeça, leve a criança ao consultório para ser examinada por um neuropediatra.
 
O que fazer
 
A mudança de alguns hábitos pode ajudar a diminuir ou a acabar com as dores:
 
  • Alivie o peso das mochilas (http://www.portalvital.com/sua-casa/crianca/tire-o-peso-das-costas-de-seu-filho). Pode não parecer, mas o esforço excessivo é um dos motivos de dores na coluna e, consequentemente, na cabeça.
  • Descansar em um ambiente silencioso e com pouca luz contribui muito para eliminar o incômodo.
  • Quando a criança está com dores de cabeça, alguns alimentos devem ser evitados, por exemplo, chocolate, queijo amarelo, condimentos picantes e corantes avermelhados.
 
Tratamento
 
Os analgésicos simples ou anti-inflamatórios geralmente resolvem o problema. Contudo, quando as crises de enxaqueca são frequentes ou intensas a ponto de prejudicar a rotina da criança, o médico pode indicar um tratamento contínuo, com a prescrição de remédios.
 
E lembre-se sempre de que o uso abusivo de analgésicos e a automedicação oferecem riscos para a saúde dos pequenos. Por isso, é imprescindível consultar o pediatra .http://www.portalvital.com

DICAS PARA TER UM PÓS-PARTO SEM MEDO DA BALANÇA

É muito comum ver em revistas, sites e programas de celebridades mães famosas que aparecem dias depois do parto com formão mesmo corpo que tinham antes de engravidar.  Diante disso, a pergunta inevitável é: esse emagrecimento rápido é saudável? 
 
O médico e cirurgião-geral Sérgio Barrichello, especialista em emagrecimento, responde de forma categórica: “as mulheres não devem se preocupar com a balança durante a amamentação”. Na verdade, após meses de expectativa e de cuidados com a gravidez, o ideal é deixar os quilos irem embora de forma natural e saudável. 
 
Amamentação como prioridade 
 
“Perder peso depois da gestação não deve ser uma meta, por mais que haja algum tipo de pressão nesse sentido. Os hormônios precisam se adequar ao novo momento do organismo”, explica Barrichello. Esse é um comportamento recomendado, pois as alterações físicas e psicológicas pelas quais a mulher passa, além da mudança de rotina, são muito grandes.
 
“A atividade endócrina da nova mamãe é extremamente diferente. Apenas no sexto mês pós-parto é que a perda de peso pode ser uma preocupação efetiva, quando a criança não está mais em aleitamento exclusivo e as condições hormonais começam a se estabilizar”, esclarece o especialista.
 
Essas observações são reforçadas pela nutricionista Liliam Teixeira Francisco. Em sua opinião, uma dieta equilibrada e nutritiva é fundamental para a produção adequada de leite materno. 
 
“Estudos mostram que perdemos cerca de 700 calorias por dia apenas com a amamentação, o que ajuda no emagrecimento. Mas isso dá fome! Assim, é preciso fazer boas escolhas. Alimentos integrais e ricos em vitaminas e nutrientes são prioridade, ao passo que gorduras, frituras, doces, temperos prontos e embutidos (ricos em sódio) devem ser deixados de lado, por mais tentadores que sejam”, completa.
 
Mãe saudável e consciente
 
Isabelle Favarin, mãe de Artur, de quatro meses, conta que sempre se preocupou com a possibilidade de ganhar peso devido à gravidez e ter dificuldade para perder os quilinhos a mais depois do parto. Por isso, procurou uma nutricionista quando soube que estava esperando um bebê.
 
“A minha intenção sempre foi recuperar a forma com hábitos alimentares saudáveis e sem comprometer a saúde. Aprendi a importância de comer frutas, verduras, legumes e fibras, bem como de beber muita água e nunca ficar mais do que três horas sem me alimentar”, conta.
 
Dos 15 kg que Isabelle engordou, cerca de 11 kg foram perdidos em quatro meses sem necessidade de dieta. “E não pretendo fazer regime enquanto estiver amamentando. Além de caminhar, procuro me alimentar de maneira saudável, ingerir líquidos e evitar alimentos que possam prejudicar o bebê”, diz.
 
Sem neuras 
 
O segredo é ter paciência. Pode ser complicado encarar o espelho e deixar a ansiedade de lado. No entanto, tenha em mente que dietas restritivas e exercícios físicos pesados menos de seis meses após o parto podem comprometer o aleitamento.
 
Veja agora algumas dicas para você aproveitar essa fase especial do pós-parto com saúde e equilíbrio:
 
  • Retome as atividades físicas progressivamente e com orientação, se possível, de um educador físico. Caminhadas mais longas, por exemplo, são bem-vindas.
  • Passeie com o bebê. Usar o “canguru” ou o sling fortalece a musculatura das costas e de outras partes do corpo. Andar empurrando o carrinho também é uma boa forma de gastar calorias, além de ser uma diversão para o pequeno. 
  • Se você se sentir infeliz toda vez que se pesar, busque o apoio da família e dos amigos. Um psicólogo pode ajudar no entendimento de algumas situações ou na resolução de conflitos que você possa ter.
  • A maioria dos procedimentos estéticos não é indicada durante a amamentação, em especial as cirurgias plásticas.
  • Quem emagrece rápido demais e sem a orientação adequada tem propensão a recuperar o peso também em pouco tempo.  Por isso, procure um especialista e trace um plano gradativo.

AMAMENTAÇÃO SEM SEGREDOS

Amamentar. Essa é uma palavra-chave para as mulheres que estão prestes a dar à luz ou que tiveram filhos recentemente. Nesse momento, muitas dúvidas surgem: “Como eu faço? Será que vai ser difícil? Vou ter leite?” E os questionamentos não acabam por aí! Afinal, dá um frio na barriga só de pensar que o bebê precisará do seu leite logo depois de nascer. E é nessa hora que a mulher vive uma das experiências mais marcantes de sua vida, uma vez que o aleitamento é sinônimo de saúde para o pequenino que acabou de chegar.
 
O ato de amamentar envolve dedicação e paciência para que se construa uma ligação forte de intimidade com o recém-nascido. “A amamentação deve ser de livre demanda: o bebê se alimenta quando quer. Por isso, a mãe precisa estar sempre à disposição”, diz Valdenise Laurindo Tuma Calil, pediatra, neonatologista e diretora técnica do Berçário Anexo à Maternidade do Hospital das Clínicas de São Paulo. Mas fique tranquila e não se desespere. O Portal Vital está aqui para ajudar você nessa jornada estimulante de descobertas e muito amor. 
 
Procure um especialista
 
Primeira dica: não se deixe levar pela ansiedade e pelos palpites dos outros. Consulte um pediatra antes mesmo de o bebê nascer. Esse profissional pode orientar você sobre como se preparar e o que fazer em caso de possíveis problemas. Ele vai avaliar, entre outros aspectos, se a mama tem alguma alteração anatômica ou se apresenta outras características a serem consideradas, por exemplo, se os bicos dos seios estão mais à mostra e se são planos ou invertidos. 
 
Valdenise diz que “preparar” os mamilos, como esticá-los ou tomar banhos de sol, é dispensável. Além disso, durante a gestação, evite passar cremes, pomadas ou outros produtos.
 
Vantagens para o bebê e a mãe
 
O leite materno é um alimento completo: possui vitaminas, minerais, açúcares, gorduras e proteínas. Além disso, é de fácil digestão, protege o bebê contra infecções e alergias, bem como previne problemas futuros, a exemplo de alguns tipos de doenças cardíacas, hipertensão, diabetes e aumento do colesterol. Por esses motivos, amamentar é um ato fundamental para o desenvolvimento da criança. 
 
No caso das mães, isso ajuda na recuperação, pois dar o peito logo depois do nascimento do bebê diminui as chances de sangramento após o parto (e, consequentemente, de anemia), além de estimular a redução mais rápida do útero, graças à produção do hormônio ocitocina. Alguns estudos até mostram que a amamentação reduz as chances de câncer de mama e de ovários.
 
Talvez o mais importante nesse processo seja o fortalecimento da relação entre mãe e filho, pois o aleitamento materno é um momento especial de carinho e afeto.
 
Como amamentar
 
Você pode dar o peito deitada, sentada ou em pé. O essencial é que, acima de tudo, se sinta confortável e encontre uma posição adequada também para o bebê. 
 
Quando sentir que o peito está “cheio”, massageie e esprema a região da aréola para que saia um pouco de leite, o que ajuda a deixá-la mais “macia”, facilitando a “pega”. A posição é boa quando a criança está com a boca bem aberta, os lábios virados para fora, o queixo tocando a mama e a parte superior da aréola mais visível do que a inferior. Encostar a criança na sua barriga também a ajuda a realizar a sucção. 
 
O bebê deve esvaziar a primeira mama (a que estiver mais cheia), arrotar e ir para a segunda. Lembre: ele mamará menos e, em seguida, dormirá. Na próxima amamentação, ofereça esse mesmo peito, que estará mais cheio.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês, mas isso nem sempre é possível. Então, não se sinta culpada se tiver que parar de amamentar antes desse período. Consulte o pediatra para saber como agir.
 
Fissuras ou rachaduras
 
À medida que os dias passam, podem surgir fissuras ou rachaduras nos mamilos. Elas acontecem quando a posição do bebê durante a amamentação e a “pega” não estão certas. Tente encontrar outro posicionamento e comece pelo peito sem ferimento. O próprio leite materno é o seu aliado: espalhe-o no mamilo e na aréola nos intervalos das mamadas para ter uma melhor hidratação e cicatrização da região, evitando também o surgimento de infecções.
 
Se achar que é necessário, procure o pediatra e informe-se sobre qual medicamento usar. Rachaduras mais graves podem levar ao leite empedrado (ingurgitamento), o que, por sua vez, aumenta o risco de você ter uma mastite (inflamação da glândula mamária).
 
O que é a “ordenha”?
 
Se você tem leite em excesso, está afastada do bebê (principalmente quando volta a trabalhar) ou se a criança tem dificuldade para sugar, fazer a “ordenha” é essencial para “esvaziar” os seios. Depois, guarde o alimento na geladeira por até 24 horas ou congele-o, no máximo, durante 15 dias.
 
Para realizar o processo, massageie o seio com as pontas do indicador e do polegar na região próxima à aréola, repetindo o gesto em direção às regiões mais afastadas do mamilo. Em todo o momento, comprima delicadamente o peito contra o tórax com as palmas das mãos.
 
As bombas manuais e elétricas são utilizadas por muitas mulheres para facilitar a “ordenha”. Mas tome cuidado: depois de esterilizar as partes que estarão em contato com os seios e o leite, não exagere na pressão da sucção e use-as com moderação para não machucar os mamilos.
 
Alimentação correta
 
“A mulher não precisa de uma dieta especial durante a amamentação, mas ela deve ser equilibrada, com alimentos ricos em proteínas, gorduras, carboidratos e sais minerais. Isso porque ocorre um gasto calórico maior nesse período – cerca de 550 calorias diárias”, explica Valdenise.
 
Evite ingerir chocolates, bebidas com cafeína (café, refrigerantes, chás etc.) e comidas gordurosas, condimentadas ou ácidas, que podem provocar cólicas na criança.  Se o bebê apresentar sinais de alergia à proteína do leite de vaca (cólica, refluxo, vômito e diarreia), assim como de seus derivados, retire esses produtos da sua alimentação e peça a opinião do pediatra.
 
Mitos e verdades
 
Muito se fala a respeito de amamentação. Porém, nem sempre as informações que circulam são verdadeiras. Por isso, o Portal Vital separou as frases mais comuns que as mães ouvem e levou para a nossa especialista responder. Ela explica o que é mito ou verdade. Confira!
 
O leite pode “secar”.
Verdade. A produção diminui à medida que o corpo entende que o alimento não é mais necessário. Quanto mais o bebê mamar ou você “ordenhar”, maior será a produção.
 
Amamentar faz os peitos caírem.
Mito. Isso acontece por outros fatores, como idade, hereditariedade e ganho de peso.
 
Crianças pequenas ou prematuras não podem mamar.
Mito. A dificuldade para sugar pode ser maior, mas o bebê deve, sim, receber o leite materno.
 
Não posso trabalhar enquanto estiver amamentando.
Mito. Você pode – e deve – amamentar mesmo quando retornar ao trabalho. Faça a “ordenha” para guardar o leite em um frasco de vidro (esterilizado) com tampa plástica e conserve-o na geladeira ou no freezer. Caso seja necessário realizar o transporte do leite líquido, isso deverá ser feito em uma bolsa térmica com gelo comum, enquanto o do leite congelado precisará de gelo reciclável ou “geloc”.
 
Preciso me preocupar com o peso durante a amamentação.
Verdade, mas é necessário se alimentar bem e sem preocupação excessiva com a balança. Durante esse período, o corpo gasta as reservas de gordura para a produção de leite; porém, evite ganhar peso em excesso por exageros na alimentação.
 
Os bebês devem mamar só durante o dia.
Mito. Dê de mamar sempre que o recém-nascido quiser, mesmo à noite e de madrugada, quando a maior produção de prolactina aumenta a quantidade de leite.
 
A transição para as papinhas deve começar por volta dos seis meses.
Verdade. Essa é a época ideal para que a criança comece a comer papinhas. Segundo o Manual de orientação para alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os alimentos ideais são cereais ou tubérculos (arroz, milho, macarrão, batata, mandioca, inhame e cará), leguminosas (feijão, soja, ervilha, lentilhas e grão-de-bico), proteínas animais (carne de boi, vísceras, frango, ovos e peixe) e hortaliças (verduras e legumes).